Plantei rosas em uma vala.
Esperei murcharem.
Morrerem como tudo na vala morre.
Brotaram entre o lixo
entre o odor desagradável da morte.
Na sujeira do homem.
Floresceram tanto
Cravaram espinhos no concreto
Fincaram raízes na imundice
Como o desejo proibido
O ardor anseio por te ter
afastei... Me afastei.
Mas minhas mãos se cravaram
na tua pele.
Sentindo cada toque vulgar.
Lambendo o desejo dos lábios
Nos lábios impuros
desse amor proibido.
O que fazer?
Corta-lhe a raiz...
Ou ver morrer lentamente?
Alguém cujo jardim ainda está florescendo.