Sem tecidos, sem amarras, sem censuras amargas,
Cada parte de mim não precisa de cobertas,
Foi a sociedade que criou essas malditas regras,
Meu corpo nu me pertence,
Não quero me cobrir pra agradar essa gente
Que enlouquece deliberadamente
Quando vê uma aureola, uma nádega amostra
Ou um simples decote nas costas,
Não preciso cobrir minha genitália para ser respeitada,
Ou ser vista com uma donzela recatada,
Prefiro uma sociedade desapontada a
Uma vida infeliz aprisionada em cobertas
Que não acrescentam em nada,
Um pedaço de pano não reflete minha identidade,
Não molda minha personalidade,
Meu corpo nu não é minha vergonha,
É a minha liberdade, o motivo da minha sanidade,
Sou livre e sem vestimentas quero caminhar,
Meu nu me permite ser eu mesma sem me erotizar,
Meu corpo é meu templo e não objeto sexual
Que a sociedade compreenda que
Amar o próprio nu é mais que normal.
fotografia: Bernardo Oliveira
Escrevo poesia desde 14 anos. Sou apenas uma poeta que externiza através das palavras as inquietações que sopram dentro de mim.